No
Brasil, existem cerca de 24,5 milhões de pessoas com deficiência. No mundo esse
número chega a 600 milhões, sendo que 80% dessas pessoas vivem nos países em
desenvolvimento. Pessoas com deficiência são vistas, em sua maioria, como
frágeis e indefesos. Pessoas que ninguém teria coragem de cometer um ato
violento, certo? Errado. A realidade mostra que pessoas com deficiência,
segundo a ONU, estão mais expostas à violência e sofrem com uma intervenção
menos eficaz da polícia e dos órgãos de fiscalização, de proteção jurídica e de
cuidados preventivos, segundo estudo realizado na Inglaterra.
A violência contra deficientes no Brasil
ainda é pouco estudada. E para tentar compensar esse problema, pesquisadores da
FIOCRUZ em conjunto com a Secretaria Municipal da pessoa com deficiência do Rio
de Janeiro e a Universidade Veiga de Almeida fizeram um estudo em três
instituições referência no atendimento à crianças e adolescentes com
necessidades especiais.
A equipe verificou que violência e violações dos
direitos, muitas vezes, fazem parte do contexto social dessas crianças e
jovens.
De acordo com estatísticas nacionais, uma em cada
três mulheres corre o risco de ser vítima de violência sexual durante sua vida,
e a estimativa revela que uma em cada cinco crianças, meninos ou meninas,
enfrenta o mesmo risco. Estupro, molestamento de crianças e incesto estão
aumentando em índices alarmantes em nosso país. Infelizmente, pessoas com
deficiência intelectual e distúrbio emocional são também suscetíveis a esta
experiência degradante. Uma pesquisa feita por SHUKER(1980), revela que um
estuprador com frequência escolhe vítimas por alguma “vulnerabilidade como, por
exemplo, juventude, velhice, deformidade ou deficiência física”. A
condição da vítima, muitas vezes é piorada por não ser levada à sério enquanto denuncia.
Um deficiente, no caso de pessoas com transtorno mental, o relato delas sobre
uma agressão sexual pode ser entendido como “uma manifestação inerente à sua
deficiência¨ ou uma história inventada para ganhar atenção.
Segundo o site: www.bengalalegal.com , vários casos
clínicos sobre a violência contra deficientes são relatados, como por exemplo:
-Dean tem 21 anos de idade e foi internado em uma
instituição para pessoas com deficiência intelectual. Ele reclamou que uma
enfermeira o forçou a fazer sexo com ela.
Ele afirma que nunca contou isto a ninguém, até
depois que ela saiu do emprego, porque tinha medo do que seus pais poderiam
pensar. Dean também ficou constrangido e contou que seus colegas riram dele por
não agir como um homem.
Por que, então, um homem reclamaria por ter sido ‘seduzido’
por uma mulher?
Um pouco assustador ler esse post, é realmente um número muito grande os dados de que 80% da violência contra os deficientes, aonde na verdade ele deveriam ser cuidados com amor e carinho. Respeitados de forma coerente. Essa pesquisa que vi no texto me deixou abismado de como vivemos em sociedade cruel que consegue violentar uma pessoa que não tem defesa, que muitas vezes não tem como reagir, como ir em busca da léi. E realmente assustador. Fico abismado.
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