O
SILÊNCIO de Lara. Direção e Produção de Rodolfo Barros. Curitiba-PR. Associação
Sul Paranaense da IASD, 2014. 30min, cor, 35mm.
Rodolfo Barros, conhecido como Rudy
Barros, é diretor do Centro de Mídia da Sede Adventista do Sul do Paraná.
Natural de Camaragibe Pernambuco (PE), começou sua carreira trabalhando para a
Igreja do Nordeste.
O
filme começou a ser rodado em abril de 2014, depois de quatro meses de preparação, é
uma parceria dos alunos em que naquele ano estavam concluindo o curso de Cinema
do Centro Europeu, junto com o grupo “Quebrando o silêncio”.
O
curta metragem conta o drama de uma adolescente de 14 anos, que sofre abuso
sexual desde sua infância e resolve acabar com o segredo que a angustiava.
Lara, encorajada por um folheto que mantém guardado a algum tempo, passa a
lutar contra o seu medo de “quebrar o silêncio”.
Notavelmente,
a película é baseada em situações da vida real referindo-se ao abuso sexual
infantil. Uma cena característica do filme é no momento em que Lara ao ficar de
joelhos recorda os abusos sofridos enquanto criança.
Percebe-se
que o autor usou esta cena para mostrar a realidade de muitas vítimas
desencorajadas a denunciar seus agressores. Com o desenvolver do enredo,
Rodolfo mostra para o telespectador a importância da denúncia.
Podemos
notar que o filme poderia trabalhar melhor na maneira em como a personagem denuncia o
agressor, visando uma percepção mais real do problema apresentado. Seria interessante melhorar o roteiro afim de que ficasse claro para as pessoas, que fazer a denúncia imediatamente após o ato do abuso é necessário e seguro para todas as vítimas.
Apesar
de mostrar a importância em denunciar os abusos, em particular na questão
sexual, o curta acaba nos deixando confusos em algumas cenas. Na cena final do
casamento, por exemplo, Lara tenta impedir sua mãe de casar-se.
Por
mais que ela não quisesse que sua mãe passasse pela mesma situação, não haveria
motivos para impedir o casamento, já que sua mãe se casaria com alguém que não tem
histórico de agressões. Claro que mesmo assim, não se tira o mérito de toda
intenção do filme que é incentivar a denúncia.
É
importante ressaltar que a obra é de suma importância, pois trata-se de um
problema que atinge a milhares de pessoas. Muito direto, o filme incentiva que
os agressores devem ser denunciados, independente de quem seja. E que guardar a
angústia por qualquer tipo de violência não só causa danos a criança ou
adolescente, mas também para toda a família.
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